SAST e DAST: o que são e como garantir segurança contínua?
SAST e DAST são estratégias de detecção de falhas que ajudam a implementar uma cultura de segurança ao longo de todo o […]


SAST e DAST são estratégias de detecção de falhas que ajudam a implementar uma cultura de segurança ao longo de todo o pipeline de desenvolvimento de software. Porém, muitas equipes ainda têm dúvidas sobre como elas funcionam na prática.
Com tantas ameaças cibernéticas, a proteção das aplicações precisa ir além dos testes comuns. E a sinergia entre essas duas abordagens dá ao time de desenvolvimento condições de construir aplicações muito mais confiáveis.
Tem dúvidas sobre o assunto? Neste conteúdo, queremos te apresentar melhor os conceitos e te ajudar a implementá-los no pipeline CI/CD. Acompanhe!
O que é SAST?
O SAST é um teste de segurança que analisa o código-fonte de uma aplicação para identificar vulnerabilidades. Dessa forma, é uma abordagem preventiva que ajuda a rastrear e corrigir problemas logo no início do desenvolvimento.
Para aplicar o SAST de forma eficaz no pipeline CI/CD, a recomendação é integrá-lo desde as primeiras fases do desenvolvimento, como a codificação e a revisão de código.
Quando usar o SAST?
A metodologia SAST prega que os desenvolvedores devem iniciar os testes nos estágios iniciais de desenvolvimento sem executar um componente funcional. Dessa forma, é possível encontrar falhas de segurança do código-fonte do aplicativo logo no início, o que evita que tais problemas se prolonguem para as próximas fases posteriores.
Entretanto, o SAST também pode ser aplicado durante a codificação e a revisão de código. De igual maneira, pode otimizar avaliações de segurança periódicas e auditorias — garantindo conformidade contínua com os padrões e regulamentações de segurança.
O que é DAST?
O DAST é um teste de segurança não funcional que avalia a segurança da aplicação em seu ambiente de execução. Para isso, ele simula ataques e monitora a resposta do sistema, buscando identificar falhas que só se manifestam enquanto a aplicação está sendo utilizada.
Ao testar a aplicação em funcionamento, o DAST é capaz de encontrar vulnerabilidades que não podem ser detectadas apenas pela análise do código-fonte.
É interessante observar que o método fornece uma visão do aplicativo do ponto de vista de um hacker. Desse modo, é capaz de destacar suas fraquezas e oferecer insights sobre como fortalecer as defesas.
Quando usar o DAST?
O DAST é útil para detectar configurações incorretas em servidores ou bancos de dados que afetam a segurança da aplicação durante a execução. Além disso, pode identificar problemas de autenticação e criptografia que permitiriam o acesso não autorizado — algo que o SAST não consegue fazer.
Outra possibilidade é o uso do DAST para testar APIs ou serviços web com os quais sua aplicação se conecta, além de recursos de infraestrutura de TI, como redes e armazenamento de dados.
Portanto, o método é valioso para testar todo o ambiente de TI onde a aplicação ou serviços web operam. Como os testes de DAST requerem uma aplicação totalmente funcional, eles devem ser realizados em uma fase posterior do desenvolvimento.
O DAST é particularmente eficaz durante as fases de pré-produção e produção, onde pode identificar vulnerabilidades que só se manifestam quando a aplicação está rodando no ambiente real.
Como implementar o SAST no pipeline CI/CD
Implementar o SAST em organizações com grandes portfólios de aplicativos e múltiplos pipelines CI/CD pode ser desafiador. Portanto, aqui estão algumas etapas elaboradas por nossos especialistas para ajudar a tornar isso possível!
Defina os requisitos de segurança
Antes de integrar o SAST no seu pipeline CI/CD, você deve estabelecer requisitos de segurança claros para o seu aplicativo. Para isso, envolva sua equipe de segurança e documente as medidas necessárias.
Esta etapa estabelece a base para a implementação subsequente e garante o alinhamento com as metas de segurança organizacionais.
Selecione a ferramenta SAST
Escolha uma ferramenta de SAST que se alinhe com as linguagens de programação, a pilha de aplicativos e as necessidades da sua empresa. Além disso, você deve considerar outros fatores, como suporte a linguagens, escalabilidade e facilidade de integração.
O ideal é que equipes de segurança e de DevSecOps trabalhem juntos para avaliar e selecionar a ferramenta ideal.
Integre com o sistema de controle de versão
Após a escolha da ferramenta, integre-a ao seu sistema de controle de versão. Isso garantirá que os escaneamentos de segurança sejam iniciados automaticamente sempre que houver uma alteração no código.
A equipe de DevOps tem um papel importante para a configuração adequada dessas integrações. Por isso, é interessante manter o time atualizado e bem treinado para a tarefa.
Personalize a configuração do SAST
Depois de integrar a ferramenta SAST, personalize sua configuração para atender às características específicas do seu aplicativo. Ou seja, ajuste as configurações, regras e políticas para reduzir falsos positivos e melhorar a precisão da ferramenta.
Automatize os testes SAST no Pipeline CI/CD
Integre os escaneamentos SAST no pipeline CI/CD, garantindo que as verificações de segurança sejam uma parte integrante do processo automatizado de implantação.
Engenheiros de DevOps e especialistas em CI/CD trabalham juntos para implementar essa automação, incorporando a segurança nos fluxos de trabalho de integração e implantação contínua.
- Ferramentas: plataformas CI/CD (ex: Jenkins, GitLab CI);
Integre os resultados no sistema de acompanhamento de problemas
Crie automaticamente problemas ou tickets para vulnerabilidades identificadas no sistema de acompanhamento de problemas (ex: Jira).
Essa integração garante que as equipes de desenvolvimento sejam rapidamente informadas sobre questões de segurança, facilitando um processo de correção ágil.
Implemente correções automáticas
Considere implementar correções automáticas dentro do seu pipeline para vulnerabilidades comuns identificadas pela ferramenta SAST. Embora nem sempre seja possível para todos os tipos de vulnerabilidades, a correção automatizada pode acelerar significativamente a resolução de determinados problemas.
Configure as notificações e relatórios
Configure notificações para alertar as partes interessadas relevantes sobre os resultados do SAST e gere relatórios regulares sobre o status de segurança do aplicativo.
Engenheiros de DevOps e especialistas em segurança configuram a ferramenta SAST para enviar notificações por e-mail ou outros canais de comunicação. Além disso, relatórios regulares podem ajudar a manter as equipes informadas e promover a melhoria contínua.
Como integrar o DAST no seu pipeline CI/CD
Agora, vamos explorar as melhores estratégias para incluir o DAST no seu pipeline. A seguir, você encontra dicas práticas para fazer isso de maneira estratégica e impulsionar a segurança de seus softwares. Confira!
Escolha a ferramenta certa
Selecione uma ferramenta DAST que esteja alinhada com a pilha de aplicativos, as escolhas tecnológicas e as metodologias de desenvolvimento da sua organização.
Certifique-se de que ela seja compatível com os frameworks de aplicativos web que você utiliza, bem como com paradigmas modernos como containers, APIs e microsserviços. Procure ferramentas que ofereçam opções de integração com suas ferramentas de CI/CD.
Incorpore o DAST desde o início do desenvolvimento
Para maximizar os benefícios da integração do DAST, comece a incorporá-lo no processo de desenvolvimento desde o início, como durante as revisões de código ou no desenvolvimento de novas funcionalidades.
Ao começar cedo, os desenvolvedores podem corrigir falhas de segurança imediatamente, em vez de postergar as correções para estágios posteriores de teste.
Estabeleça escaneamentos base de referência
Um escaneamento base é uma avaliação inicial da postura de segurança do seu aplicativo usando um conjunto predefinido de regras ou políticas.
Crie um escaneamento base com a ferramenta DAST escolhida para definir um ponto de partida para medir as melhorias ao longo do tempo. Atualize regularmente esse escaneamento base com base nas alterações feitas no código do aplicativo ou na configuração da infraestrutura.
Programe escaneamentos periódicos
Você pode agendar escaneamentos em intervalos regulares e em etapas críticas do seu pipeline CI/CD. Cada um desses escaneamentos deve gerar problemas que retornam para as fases de desenvolvimento e teste, permitindo que os desenvolvedores e testadores os resolvam:
- diários: prefira horários de menor tráfego para evitar interrupções e problemas na experiência do usuário final;
- semanais: semanalmente, faça varreduras mais amplas visando encontrar vulnerabilidades que não foram percebidas no acompanhamento diário;
- sob demanda: faça escaneamentos após alterações significativas no sistema, como a implementação de novas funções e atualizações em componentes críticos.
Analise e priorize os resultados
As ferramentas DAST geram grandes volumes de dados. Portanto, você deve analisar e priorizar resultados com base em sua gravidade, explorabilidade e potencial impacto.
Use sistemas de pontuação de risco, como o CVSS (Common Vulnerability Scoring System), para classificar as vulnerabilidades identificadas de acordo com seu nível de ameaça. Isso ajudará sua equipe a focar nas questões de alta prioridade primeiro.
Crie ciclos de feedback
Estabeleça ciclos de feedback entre os desenvolvedores e as equipes de segurança para a melhoria contínua da qualidade do código e da postura de segurança. Uma boa estratégia é criar painéis compartilhados e exibir os resultados em plataformas de comunicação e colaboração.
Além disso, para facilitar a correção das vulnerabilidades, é importante garantir que a ferramenta DAST forneça orientações acionáveis para os desenvolvedores, com etapas claras.
Segurança de softwares é com a Vericode!
Como vimos, SAST e DAST são testes importantes para a implementação de uma estratégia de segurança eficaz no pipeline de desenvolvimento. Com eles, você identifica vulnerabilidades de forma eficiente e evita grandes problemas no futuro.
Mas, para aproveitar ao máximo destas ferramentas, é necessário integrá-las de forma otimizada ao seu processo contínuo.
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