Métricas de SRE para aumentar a confiabilidade dos sistemas 

Explore práticas de monitoramento, observabilidade e machine learning para fortalecer a confiabilidade e resiliência da infraestrutura com o suporte da Vericode.

22 outubro, 2024

No contexto de Site Reliability Engineering (SRE), a confiabilidade é a base para garantir que as aplicações e sistemas operem de forma eficiente e estável. Portanto, a implementação eficaz de métricas de SRE garante que as empresas possam monitorar e melhorar a confiabilidade de seus sistemas. 

Neste artigo, exploraremos como identificar indicadores-chave de desempenho (KPIs – Key performance indicators) que permitem garantir a confiabilidade de um sistema, além de como integrar essas métricas no contexto de SRE. 

O papel das métricas no SRE 

Antes de tudo, SRE é uma abordagem que combina desenvolvimento e operações com o intuito de melhorar a confiabilidade, escalabilidade e eficiência dos sistemas. Para que isso aconteça, é essencial ter visibilidade sobre o estado atual do ambiente de TI, e é aqui que entram as métricas. 

As métricas são ferramentas que permitem monitorar aspectos-chave da infraestrutura e dos sistemas de software. Em resumo, elas fornecem visibilidade sobre o estado de saúde das operações, permitindo que as equipes atuem proativamente, antes que os problemas afetem os usuários finais. 

A menos que sejam adequadamente monitorados, sistemas críticos podem apresentar falhas, levando a interrupções severas. Por isso, assim sendo, é fundamental que as empresas definam e acompanhem KPIs relevantes a fim de identificar gargalos e áreas que necessitem de melhorias. 

Definindo os KPIs relevantes 

A identificação de KPIs (indicadores-chave de desempenho) adequados é crucial para que a equipe de SRE consiga medir o impacto real das operações no negócio. As métricas devem se alinhar diretamente com os objetivos de confiabilidade, como tempo de resposta, disponibilidade e experiência do usuário. Abaixo, nossos especialistas listam alguns dos principais indicadores a serem considerados: 

1. SLA (Service Level Agreement) 

Um SLA define o nível de serviço esperado entre o provedor e o cliente. Geralmente expresso em porcentagem, o SLA é um compromisso formal e mensurável de que um determinado nível de serviço será atingido. Em SRE, a meta é manter a operação dentro do SLA estabelecido. 

2. SLO (Service Level Objective) 

Os SLOs são os objetivos específicos que o time de SRE deve atingir para garantir a confiabilidade. Enquanto os SLAs são acordos com os clientes, os SLOs definem metas internas para manter a qualidade do serviço dentro do que foi acordado. Por exemplo, um SLO pode definir que uma aplicação deve ter 99,9% de uptime. 

3. MTTR (Mean Time to Repair) 

O MTTR é uma métrica essencial para a engenharia de confiabilidade. Ela mede o tempo médio necessário para resolver um incidente e retornar a aplicação ao seu estado normal. Reduzir o MTTR é crucial para minimizar o impacto das falhas. 

4. MTBF (Mean Time Between Failures) 

Esse KPI mede o tempo médio entre falhas. Ele ajuda a equipe de SRE a entender a frequência com que problemas críticos ocorrem. Aumentar o MTBF significa reduzir a frequência de interrupções, aumentando a confiabilidade. 

5. Erro Orçamentário (Error Budget) 

O conceito de error budget é uma inovação trazida pelo SRE e sua função é determinar uma tolerância aceitável de erro para o sistema. O error budget é calculado com base nos SLAs e SLOs e ajuda a equipe a equilibrar novos lançamentos com a necessidade de manter a estabilidade do sistema. 

Implementando métricas com eficiência 

Antes que qualquer métrica de SRE seja aplicada, é importante que as equipes definam seus objetivos de negócio e compreendam quais serviços são críticos. Além disso, a implementação de métricas eficazes exige uma infraestrutura de observabilidade robusta. 

A Vericode, por exemplo, oferece serviços que integram monitoramento e observabilidade de ponta a ponta, utilizando machine learning e inteligência artificial para prever falhas e otimizar a capacidade do sistema.  

Ao combinar métricas como logs, traces e métricas de desempenho em um único painel de controle, é possível ter uma visão abrangente da saúde do ambiente de TI. 

Monitoramento e observabilidade 

A combinação de observabilidade avançada com o uso de ferramentas como Grafana e Prometheus, possibilita monitoramento em tempo real de métricas críticas, como latência, erros, tráfego e saturação.  

Ao correlacionar dados de logs e eventos de negócios com a infraestrutura de TI, a equipe de SRE pode atuar rapidamente em problemas antes que eles se tornem críticos para os usuários finais. 

Modelos preditivos e Machine Learning 

Outra prática fundamental de SRE é o uso de modelos preditivos e machine learning para prever possíveis gargalos e falhas. Esses modelos identificam padrões anômalos que podem indicar um risco iminente para o sistema, permitindo ações proativas.  

No caso da Vericode, a utilização dessas tecnologias em conjunto com o Chaos Engineering criam uma base sólida para a resiliência dos sistemas. 

Práticas e ferramentas para garantir a confiabilidade 

Garantir a confiabilidade de um sistema envolve o uso de uma série de práticas e ferramentas avançadas de observabilidade. Aqui estão algumas práticas recomendadas: 

1. Capacity Planning e Sizing 

Garantir que a infraestrutura esteja preparada para atender às demandas futuras é essencial para a confiabilidade. O capacity planning analisa a capacidade atual e futura do ambiente para que ele possa escalar conforme o negócio cresce. 

2. AIOps para análise preditiva 

A implementação de AIOps (Artificial Intelligence for IT Operations) melhora a análise preditiva ao coletar grandes volumes de dados e identificar incidentes antes que eles causem interrupções. Com AIOps, a observabilidade se torna muito mais eficaz, aumentando a eficiência operacional. 

3. Command Center e Resposta a incidentes 

A operação de um Command Center permite a detecção precoce de incidentes através de dashboards que monitoram as métricas em tempo real. Um time de N1, N2 ou N3 pode intervir rapidamente para resolver problemas e garantir que as operações continuem sem interrupção. 

Conclusão 

Em resumo, a implementação de métricas de SRE eficazes é um passo fundamental para garantir a confiabilidade de qualquer sistema moderno. Desde SLAs e SLOs até o uso de machine learning e modelos preditivos, as métricas fornecem uma base sólida para que as equipes de SRE possam operar de forma eficiente e proativa.  

O segredo do sucesso está na escolha de indicadores que reflitam diretamente os objetivos de negócio e na adoção de ferramentas que ofereçam visibilidade total sobre o ambiente. 

Na Vericode, nosso compromisso é entregar soluções de SRE que garantam não só a confiabilidade do seu sistema, mas também o crescimento contínuo e a resiliência operacional. Com uma abordagem integrada de observabilidade e monitoramento, estamos prontos para apoiar sua empresa no desafio de manter a infraestrutura sempre disponível e segura. 

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