Alta disponibilidade: aprenda a construir softwares livres de falhas

Sistemas não podem se dar ao luxo de falhar, nem por um minuto. A alta disponibilidade é como construir uma ponte com […]

28 abril, 2025
Alta disponibilidade psicologia Alta disponibilidade AWS Failover
Rui Moreno
Rui Moreno
28 abril, 2025

Sistemas não podem se dar ao luxo de falhar, nem por um minuto. A alta disponibilidade é como construir uma ponte com múltiplos pilares de sustentação: mesmo que um deles apresente falhas, o tráfego continua fluindo com segurança. 

É isso que garante que seus serviços permaneçam ativos diante de imprevistos, instabilidades ou picos de acesso. No fim das contas, é o que separa empresas que seguem em frente das que ficam pelo caminho.

Pensando nisso, preparamos este artigo para te ajudar a entender melhor como criar e otimizar um ambiente de alta disponibilidade, evitando períodos prolongados de inatividade e garantindo resultados mais consistentes para seu negócio. Vamos conferir?

O que é alta disponibilidade?

Alta disponibilidade é a capacidade de manter sistemas e serviços funcionando continuamente, mesmo diante de falhas inesperadas, como queda de energia ou problemas de hardware e software.

Para alcançar esse objetivo, é preciso eliminar pontos críticos de falha e implementar redundâncias em diversas camadas operacionais. Assim, garante-se a continuidade do funcionamento 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Para isso, entre as principais estratégias está a de Failover, que pode ser implementada das seguintes formas:

  • ativo-passivo: um dispositivo monitora ativamente a rede, enquanto outro permanece em standby, assumindo as funções automaticamente em caso de falha;
  • ativo-ativo: dois dispositivos operam simultaneamente, dividindo a carga e aumentando a eficiência operacional.

Failover pode ser configurado:

  • em dispositivos físicos;
  • em soluções virtuais;
  • ou ainda em modelos híbridos (combinação de físico e virtual), desde que ambos tenham especificações semelhantes.

Outra opção é o servidor on premise, que exige um planejamento mais detalhado devido à estrutura física local. Nesse caso, devem ser consideradas:

  • estruturação do ambiente;
  • gestão rigorosa de identidade e acesso;
  • procedimentos de segurança para evitar acessos não autorizados.

A principal vantagem desse modelo é o controle completo sobre a infraestrutura, desde os componentes físicos até os softwares utilizados. Independentemente da escolha, essas práticas são indispensáveis para garantir a disponibilidade, capacidade e segurança dos seus sistemas.

Alta disponibilidade x Disaster Recovery 

Embora relacionados, Alta Disponibilidade (HA) e Disaster Recovery (DR) têm objetivos distintos. Entenda melhor a seguir:

AspectoAlta Disponibilidade (HA)Disaster Recovery (DR)
ObjetivoManter sistemas ativos continuamente, prevenindo falhas.Restaurar sistemas rapidamente após falhas críticas.
FocoPrevenção e redundância durante operação.Recuperação após interrupções severas.
Tempo de RespostaImediato, evitando falhas perceptíveis ao usuário.Depende dos objetivos definidos (RTO/RPO), podendo variar de segundos a horas.
Método de ImplementaçãoRedundância síncrona (ativo-ativo ou ativo-passivo).Redundância assíncrona, com backups geograficamente separados.
Exemplos de usoFalhas de hardware, manutenção planejada, pequenas interrupções.Desastres naturais, falhas críticas, grandes interrupções.

Qual a importância da alta disponibilidade?

Com a crescente adoção de serviços online e ambientes híbridos, as empresas precisam garantir que suas infraestruturas suportem aumentos significativos nas cargas dos sistemas. 

Assim, os sistemas de alta disponibilidade são fundamentais para manter os padrões operacionais. Esses sistemas devem ter metas claras e quantificáveis. Um dos objetivos mais conhecidos é alcançar os cinco noves (99,999%), garantindo praticamente nenhum tempo de inatividade. 

Geralmente, setores críticos como saúde, governo e serviços financeiros exigem esse padrão rigoroso por questões de conformidade e competitividade.

Entretanto, muitas outras empresas já consideram essencial manter níveis de disponibilidade entre 99,9% e 99,99%, especialmente para assegurar o acesso contínuo aos seus colaboradores remotos e clientes.

Onde implementar a alta disponibilidade? 

Implementar soluções de alta disponibilidade é imprescindível em ambientes onde a continuidade e proteção dos dados são prioritárias. Entre os principais ambientes, destacam-se:

  • datacenters: onde grandes volumes de dados são armazenados e processados, exigindo alta disponibilidade para minimizar interrupções e garantir integridade dos dados;
  • serviços de nuvem: fundamentais para o armazenamento e gerenciamento contínuo de dados e aplicações, garantindo acesso constante independentemente da localização dos usuários;
  • ambientes críticos: como hospitais, centros de monitoramento e sistemas industriais, onde falhas podem levar a consequências graves, tornando essencial a alta disponibilidade para proteção e eficiência das operações.

Em resumo, qualquer ambiente que dependa fortemente da continuidade operacional e proteção de dados deve considerar a implementação de alta disponibilidade como uma prioridade estratégica.

Como garantir alta disponibilidade?

Para garantir a alta disponibilidade, é importante adotar algumas práticas que ajudam a construir sistemas robustos e resilientes. Confira abaixo algumas dicas essenciais:

  • detecte e elimine pontos únicos de falha na infraestrutura;
  • avalie regularmente os tipos de falhas possíveis (hardware, software, rede, externas);
  • defina objetivos claros e mensuráveis de desempenho;
  • considere aspectos regulatórios relacionados à segurança e perda de dados;
  • estabeleça SLAs realistas e planos detalhados para manutenções;
  • prepare planos para diferentes cenários de recuperação de desastres e mudanças operacionais.

Métricas para medir a alta disponibilidade

Confira as principais métricas para avaliar a eficácia dos sistemas:

  • downtime médio: tempo médio em que um sistema permanece indisponível;
  • objetivo de tempo de recuperação (RTO): tempo para reparar e restaurar o sistema;
  • objetivo de ponto de recuperação (RPO): janela máxima de perda de dados tolerável.

Com essas ações, é possível criar um ambiente mais estável, confiável e resiliente, garantindo a continuidade operacional da empresa.

Sua empresa precisa de alta disponibilidade!

Se a sua empresa está conectada à internet ou depende de sistemas digitais, contar com alta disponibilidade é necessária para garantir que seus aplicativos e softwares funcionem sem interrupções. 

Investir em estratégias como testes rigorosos, redundância e backups é indispensável para eliminar pontos únicos de falha e manter a continuidade operacional.

Afinal, aplicativos e softwares são fundamentais para as operações empresariais modernas, e garantir que eles permaneçam estáveis e acessíveis protege tanto a produtividade quanto a reputação do seu negócio.

Confira este artigo e aumente a confiabilidade dos seus sistemas através de métricas de SRE!

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