Testes não funcionais: o que são e como podem ajudar a melhorar as aplicações?
A empresa que quer melhorar a qualidade das aplicações precisa saber o que são testes não funcionais e qual é a diferença entre teste de carga, capacidade e stress.
Sua empresa faz a avaliação de desempenho dos sistemas? Segundo um levantamento divulgado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), até então, o Brasil tem cerca de 242 milhões de celulares inteligentes em uso. A pesquisa mostra também que se considerarmos notebooks e tablets, o número de dispositivos portáveis sobe para 352 milhões, o equivalente a 1,6 por brasileiro.
O avanço no uso desses dispositivos móveis tem impactado a forma de interagir com as tecnologias, mas não é só isso. O comportamento do usuário mudou e, hoje, as pessoas têm pressa para acessar aplicações de qualidade em velocidade recorde.
Nesse sentido, pode ser que a má experiência de um único cliente com um aplicativo, site ou software não impacte os resultados da empresa em um primeiro momento. Mas caso a experiência não mude, mais clientes podem desistir de usar a aplicação e, com isso, uma série de problemas podem aparecer. Assim, a empresa acaba, por exemplo, perdendo credibilidade e sofrendo prejuízos financeiros.
Para garantir que as aplicações tenham uma boa performance e que os desenvolvedores realmente entreguem um produto condizente com as expectativas dos usuários, existe o que chamamos de testes não funcionais.
Neste artigo, explicamos do que se trata esses testes, quais são as principais avaliações não funcionais e como elas podem ajudar na escalabilidade e confiabilidade das aplicações. Vamos lá?
O que são testes não funcionais?
Testes não funcionais são avaliações aplicadas para identificar se um sistema está ou não de acordo com os requisitos de resiliência, segurança e usabilidade necessários para a experiência de uso do cliente. Logo, servem para avaliar não apenas se a aplicação funciona, mas o quanto a aplicação é confiável e fácil de usar.
Nesses métodos de avaliação são testados os fluxos e a performance do software durante a navegação do usuário, a fim de descobrir possíveis erros, ameaças e gargalos que podem levar à indisponibilidade.
Teste de carga, capacidade e stress: qual a diferença?
Quando se trata de engenharia de software, existem uma série de testes que podem ser aplicados para avaliar o desempenho e a qualidade de uma aplicação.
Aqui, destacamos as avaliações não funcionais que medem a performance do site, aplicativo ou sistema, tais como: teste de carga, capacidade e stress.
1. Teste de carga
O teste de carga é um tipo de avaliação usada para capturar e analisar as principais métricas sobre o uso de uma aplicação submetida a cargas diferentes de transações e usuários.
Ao aplicar esse teste, a equipe de desenvolvedores consegue obter insights que podem ajudar a solucionar questionamentos, como:
- Quais os tempos de respostas de cada fluxo da minha aplicação?
- Onde estão concentrados os problemas de performance?
- O número de usuários que acessam a aplicação ao mesmo tempo pode afetar a performance do produto?
2. Avaliação de capacidade
A avaliação de capacidade do sistema tem como objetivo identificar os limites do produto e da infraestrutura. Portanto, aqui o alvo é encontrar a quantidade de usuários e operações que a aplicação é capaz de suportar antes da estabilidade se tornar inaceitável.
- Quantos usuários podem navegar no meu site, aplicativo ou sistema simultaneamente sem indisponibilidade?
- Quantas transações podem ser processadas simultaneamente dentro de uma janela de tempo alvo?
3. Teste de stress
Já o teste de stress ou stress test é um método que tem como objetivo verificar a performance da aplicação quando é submetida a cargas acima do limite definido pelos desenvolvedores.
Nesse teste não funcional, é possível coletar dados de como a aplicação se comporta em condições extremas para identificar quais os componentes do sistema podem ficar indisponíveis ou apresentar lentidão durante o seu uso.
Por que a aplicação de testes não funcionais é importante?
Hoje, os usuários utilizam os smartphones para acessar notícias, realizar compras, fazer transações bancárias, ouvir músicas, entre uma série de outras atividades.
Portanto, podemos dizer que as tecnologias, como smartphone, notebook e tablets, tornaram-se quase que parte dos seres humanos. Ainda, que a qualidade das aplicações é praticamente um pré-requisito para os usuários utilizarem os produtos e fidelizarem com a empresa.
Antes, aguardar seis segundos para um site carregar era normal. No entanto, hoje, se um aplicativo demora mais de 3 segundos para abrir as suas funcionalidades, ele é considerado lento e imediatamente substituído por outro aplicativo melhor.
Para o usuário, essa troca de aplicativo para outro não representa muito, afinal, existe uma lista de sistemas disponíveis para baixar no smartphone ou acessar pelo computador. Mas para a empresa, que investiu no desenvolvimento do produto, essa ação pode impactar negativamente suas finanças e a imagem da marca.
Nesse sentido, não existem dúvidas: fazer avaliações não funcionais é muito importante para os desenvolvedores identificarem o que precisa ser aprimorado na aplicação. Só assim é possível entregar uma experiência satisfatória aos usuários e melhorar os números de acesso.
Os testes não funcionais podem ajudar na escalabilidade e confiabilidade da aplicação?
Os testes não funcionais possibilitam que a equipe de desenvolvedores simule o uso de um grande número de usuários e transações no software simultaneamente.
O resultado desses testes, por sua vez, permite que os profissionais façam análises precisas sobre a performance das aplicações e, em cima disso, consigam identificar pontos de melhoria para aumentar a confiabilidade e a capacidade de usuários e transações no uso do produto.
Claro que, para os testes terem um bom resultado, é preciso que as avaliações não funcionais sejam feitas corretamente. Nesse caso, a Vericode pode ajudar, uma vez que a nossa empresa conta com uma equipe especialista em testes funcionais e não funcionais.
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