Testes de segurança: 3 técnicas para encontrar vulnerabilidades em seus sistemas
Os testes de segurança são necessários para minimizar os riscos de sistemas e aplicações serem vítimas de ciberataques. Afinal, consistem na análise […]


Os testes de segurança são necessários para minimizar os riscos de sistemas e aplicações serem vítimas de ciberataques. Afinal, consistem na análise de eventuais vulnerabilidades que podem ser exploradas pelos cibercriminosos.
De acordo com um estudo da Check Point Research, houve um crescimento de 38% no número de ataques virtuais no Brasil somente no primeiro semestre de 2024. Esse dado evidencia como é primordial executar testes de segurança para proteger os sistemas e dados da empresa.
Neste artigo, vamos destacar como essa iniciativa pode ser executada de forma correta para minimizar as probabilidades de que incidentes de cibersegurança prejudiquem o seu negócio. Confira!
Por que testes de segurança são importantes?
Não há dúvidas de que todo o cuidado é imprescindível quando o assunto é segurança da informação. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o número de incidentes cibernéticos no setor financeiro mais que dobrou desde a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O FMI também constatou que 20 mil ataques cibernéticos afetaram bancos, seguradoras e gestoras de ativos nas últimas duas décadas, causando um prejuízo de US$ 12 bilhões a essas empresas no mundo inteiro.
Vale ressaltar que os danos provocados por falhas de segurança também afetam negativamente a imagem institucional. Em razão disso, é imprescindível investir e adotar alternativas para minimizar os riscos.
Para você entender isso melhor, vamos destacar nos próximos tópicos três modalidades de testes de segurança adotadas atualmente: Pentest (teste de instrução), DAST (Dynamic Application Security Testing) e SAST (Static Application Security Testing).
Quais são os 3 tipos de testes de segurança principais?
Você já tem uma noção básica dos principais testes de segurança empregados no mercado. Agora, chegou a hora de conhecer cada um deles de maneira específica e entender quando aplicar cada técnica. Algo essencial diante do cenário cibernético cada vez mais ameaçador.
Então, não perca tempo e acompanhe cada detalhe!
1. Pentest (Teste de Intrusão)
Essa modalidade de teste de segurança se destaca por ser uma metodologia proativa para analisar a segurança das soluções tecnológicas (apps, redes, entre outras). Ela consiste na simulação de um ataque virtual, em que a equipe de TI atua como se fosse um cibercriminoso para encontrar e identificar eventuais vulnerabilidades.
Mas, ao contrário de um ataque virtual, o Pentest atua para aperfeiçoar os mecanismos de segurança adotados. Isso é muito importante no cenário atual, pois as organizações estão cada vez mais dependentes dos recursos tecnológicos para prestarem um serviço de alto nível ao público-alvo.
Recomenda-se especialmente a realização de Pentest antes do lançamento de novos softwares ou após atualizações críticas, para validar se as correções foram eficazes e evitar um dos erros mais comuns: não retestar a aplicação após mudanças.
2. DAST (Dynamic Application Security Testing)
O DAST consiste no exame de um aplicativo em execução. Durante o uso do app, os especialistas simulam como um invasor tentaria obter vantagens ilícitas. Por isso, considera-se o DAST um teste dinâmico que verifica como um sistema em um ambiente de produção está protegido contra as ameaças virtuais.
Vale ressaltar que esse teste tem alto grau de complexidade.
Outro detalhe é que as vulnerabilidades identificadas normalmente são corrigidas no início do próximo ciclo de desenvolvimento.
Em razão disso, esses testes de segurança apresentam uma grande utilidade quando uma organização deseja atualizar um software. Com certeza, é um fator que não pode ser ignorado pelos gestores em hipótese alguma.
3. SAST (Static Application Security Testing)
Conhecido também como análise estática, esse teste de segurança avalia o código-fonte de maneira ampla. A meta é localizar eventuais vulnerabilidades antes que a equipe disponibilize a solução para os usuários.
Em virtude disso, contribui para a equipe de TI receber informações detalhadas sobre o funcionamento da aplicação. Dessa forma, torna-se mais fácil corrigir os problemas a partir de uma avaliação precisa do código.
Outro ponto marcante é garantir a conformidade com as melhores práticas de desenvolvimento de software. Essa iniciativa leva os responsáveis a lançar sistemas ou aplicativos com um elevado grau de segurança da informação.
Quanto melhor for a execução do SAST, menores são as probabilidades de um sistema ser vítima de um ataque cibernético de grandes proporções. Isso é um item que precisa ser levado a sério pelo time de TI.
Comparação e recomendações sobre testes de segurança
Os testes de segurança têm um papel muito importante na conjuntura atual. E ignorar essa tendência é um erro grave e que aumenta os riscos de sofrer um ataque cibernético. Por isso, é bom compreender a diferença entre os mecanismos usados para mitigar as vulnerabilidades em softwares.
O Pentest tem como aspecto marcante a simulação de um invasor com técnicas avançadas para invadir o sistema e a rede em que as informações corporativas trafegam.
O DAST apresenta como elemento central a tentativa de invadir o aplicativo já em produção.
Já o SAST tem como ponto mais relevante uma análise do código-fonte, antes de a solução entrar no ar. Dessa maneira, ele identifica as vulnerabilidades antes que os cibercriminosos possam explorá-las.
Diante desse cenário, o ideal é buscar uma abordagem integrada, combinando diferentes tipos de testes.
Assim, a organização evita falhas recorrentes, prioriza vulnerabilidades críticas e mantém uma defesa consistente frente às ameaças digitais.
Quais são as boas práticas e erros mais comuns em testes de segurança?
Mesmo equipes experientes podem cometer equívocos que reduzem a efetividade dos testes de software.
Entre os mais recorrentes estão:
1. Confiar apenas em ferramentas automáticas
Scanners e soluções automatizadas identificam muitas vulnerabilidades, mas não substituem a análise manual. Por isso, os testes de intrusão realizados por especialistas conseguem detectar falhas lógicas e de negócio que ferramentas não captam.
2. Executar testes de forma isolada
Realizar uma avaliação única, sem repetir o processo após correções, deixa a aplicação vulnerável a regressões. A boa prática é adotar um ciclo contínuo, validando cada alteração significativa.
3. Negligenciar ambientes de teste realistas
As simulações incompletas ou ambientes muito diferentes do cenário de produção podem gerar resultados imprecisos. Sempre que possível, replique a infraestrutura real para obter diagnósticos confiáveis.
4. Ignorar requisitos normativos e regulatórios
Não considerar padrões como OWASP Top 10, ISO 27001 ou requisitos da LGPD pode deixar a empresa exposta a riscos legais e reputacionais. É preciso alinhar os testes a essas diretrizes aumenta a conformidade e a confiança do cliente.
5. Falta de priorização das vulnerabilidades
Nem toda falha tem o mesmo impacto. Por isso é necessário classificar riscos por criticidade e probabilidade como forma de otimizar recursos e corrigir o que realmente ameaça o negócio.
Boas práticas essenciais com testes de segurança
- Definir um escopo claro antes de iniciar os testes, incluindo sistemas, aplicações e interfaces que serão avaliados.
- Integrar os testes de segurança ao ciclo de desenvolvimento (shift-left security), prevenindo falhas ainda nas fases iniciais.
- Manter documentação detalhada dos resultados, facilitando auditorias e o acompanhamento das correções.
- Envolver múltiplas áreas, como segurança, desenvolvimento e operações, para garantir uma visão ampla dos riscos.
Seguindo essas diretrizes, os testes de segurança se tornam mais consistentes, eficazes e alinhados aos objetivos estratégicos da organização.
Testes de segurança e DevSecOps: integração para maior eficácia
No modelo DevSecOps, incorpora-se a segurança desde as primeiras etapas do desenvolvimento, e não apenas como uma verificação final.
Isso significa que práticas como SAST, DAST e Pentest podem ser executadas como testes contínuos, acompanhando cada alteração no código e nas configurações da aplicação.
Essa abordagem reduz o tempo entre a detecção e a correção de vulnerabilidades, aumenta a colaboração entre times de desenvolvimento, segurança e operações, e garante que as entregas mantenham alto padrão de confiabilidade.
Por isso, as empresas que adotam o DevSecOps conseguem transformar os testes de segurança em um processo automatizado e integrado, alinhando inovação e proteção de forma sustentável, algo essencial no cenário de ameaças digitais em constante evolução.
Investimento e estratégia aplicados aos testes de segurança
É fundamental termos uma visão ampla de como aproveitar os testes de segurança para proteger sistemas e dados com maestria. Em outras palavras, é preciso entender como utilizar os mecanismos de defesa para minimizar os riscos com eficiência.
Por isso, a recomendação é contar com um parceiro experiente e que identifique como usar os testes de segurança da melhor forma possível, o que reduz as chances de uma organização ter prejuízos financeiros e de imagem com um ciberataque.
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Perguntas frequentes sobre testes de segurança
Quais são os tipos de testes de segurança?
Os mais utilizados no mercado são: Pentest, que simula ataques reais; DAST, que avalia o comportamento de sistemas em execução; e SAST, que analisa o código-fonte antes da publicação. Muitas organizações também adotam testes complementares, como RAST (Runtime Application Self-Protection), IAST (Interactive Application Security Testing) e varreduras automatizadas de vulnerabilidades.
Como é feito o Pentest?
O processo envolve a definição de um escopo, coleta de informações sobre o alvo, execução de ataques controlados e elaboração de um relatório com as vulnerabilidades encontradas e recomendações de correção. As técnicas podem incluir exploração de brechas em redes, sistemas web, APIs e dispositivos conectados.
Qual é a principal diferença entre SAST e DAST?
O SAST examina o código-fonte de forma estática, identificando vulnerabilidades antes do sistema entrar em produção. Já o DAST analisa a aplicação em funcionamento, simulando ataques em tempo real. O ideal é combinar ambas as abordagens para maior cobertura.
Quais são as ferramentas DAST?
Entre as mais conhecidas estão OWASP ZAP, Burp Suite, Acunetix, Netsparker e AppScan. A escolha depende do tipo de aplicação, orçamento e necessidade de integração com outros processos de segurança.