Observabilidade e monitoramento: diferenças e por que adotá-los

Mesmo com um planejamento cuidadoso, sistemas e aplicativos em desenvolvimento podem enfrentar falhas. É neste contexto que os conceitos de observabilidade e […]

14 janeiro, 2025
Observabilidade e monitoramento

Mesmo com um planejamento cuidadoso, sistemas e aplicativos em desenvolvimento podem enfrentar falhas. É neste contexto que os conceitos de observabilidade e monitoramento entram em cena e ajudam a identificar e a resolver problemas com rapidez e um menor impacto operacional.

Embora o uso de ferramentas de monitoramento em tempo real não seja uma novidade, temos sistemas cada vez mais complexos. Com isso, recorrer apenas ao monitoramento limita a visão dos gestores sobre a performance da TI.

Neste conteúdo, vamos esclarecer as diferenças entre observabilidade e monitoramento e te ajudar a entender como essa combinação é valiosa para suas operações. Acompanhe!

O que é observabilidade?

A observabilidade é a capacidade de entender o estado interno de um sistema a partir dos dados que ele gera. Em outras palavras, é a prática de projetar sistemas que forneçam informações suficientes para identificar e solucionar problemas, mesmo os mais imprevisíveis.

Dentro da TI, o termo está associado ao uso de ferramentas e estratégias para analisar o fluxo contínuo de dados de performance do software, do hardware e da rede em que ela opera. Assim, é possível monitorar e resolver problemas com maior agilidade e precisão.

Em geral, a observabilidade dá ao gestor visibilidade sobre o que está errado e os “porquês” dessas falhas. Este é um dos motivos pelos quais essa prática é tão valorizada em ambiente de sistemas complexos e distribuídos, como arquiteturas em nuvem ou micros serviços.

Quais são os três pilares da observabilidade?

A observabilidade se baseia em três pilares: logs, métricas e traces. Juntos, eles fornecem os dados necessários para monitorar e entender o comportamento dos sistemas:

  1. Logs: registram eventos detalhados que ajudam a diagnosticar falhas.
  2. Métricas: medem a saúde e o desempenho do sistema, como uso de CPU ou tempo de resposta.
  3. Traces: mostram o fluxo de uma solicitação entre componentes, facilitando a identificação de gargalos em sistemas distribuídos.

Esses pilares se complementam, oferecendo uma visão completa para detectar e corrigir problemas. Para entender mais sobre cada um, confira o artigo completo sobre os pilares da observabilidade!

O que é monitoramento?

O monitoramento é o processo contínuo de coleta, análise e exibição de dados específicos de um sistema para avaliar sua saúde e desempenho. Com ele, as equipes acompanham métricas pré-definidas, como uso de CPU, tempo de resposta e disponibilidade, e identificam anomalias.

Seu maior objetivo é detectar falhas e alertar as equipes para que elas atuem antes que o problema afete a operação ou os usuários. Ou seja, ele funciona como um alarme confiável que informa quando algo sai do esperado e auxilia a manter a estabilidade dos serviços.

Vale destacar que o monitoramento é uma prática comum em diversos setores, como TI, manufatura, energia e transporte. Isso porque, ajuda a identificar problemas, falhas ou tendências indesejadas, além de fornecer alertas e relatórios que simplificam a tomada de decisões.

Quais as diferenças entre observabilidade e monitoramento?

A complexidade dos sistemas e softwares atuais faz com que as empresas apostem em métodos abrangentes de depuração e de diagnósticos de problemas, principalmente em sistemas distribuídos. 

Tradicionalmente, a combinação de monitoramento e testes é útil para lidar com falhas previsíveis. No entanto, a abordagem é pouco eficiente para as imprevisíveis. Assim, temos a observabilidade e monitoramento como boas alternativas.

Apesar de se complementarem, as técnicas são diferentes, especialmente no que refere ao foco e à aplicação. Enquanto o monitoramento garante que o sistema opere conforme o esperado, a observabilidade vai além, diagnosticando as causas de problemas e oferecendo uma visão completa de como os componentes interagem.

Além disso, a observabilidade busca compreender o estado interno do sistema em profundidade. Já o monitoramento foca acompanhar os indicadores-chave estabelecidos.

Por tudo isso, o monitoramento tende a ser mais reativo, acionando alertas após a ocorrência do problema. Por outro lado, a observabilidade é proativa e oferece informações que ajudam a antecipar e a prevenir falhas antes que impactem o sistema.

As duas práticas são essenciais para otimizar a confiabilidade e eficiência de sistemas distribuídos, como microsserviços. Preparamos uma tabela para te ajudar a entender suas principais diferenças:


Aspecto

Monitoramento

Observabilidade


Definição
  Mede e gera relatórios sobre métricas específicas para garantir a integridade.
Coleta logs, métricas e rastreamentos para investigar profundamente problemas em sistemas distribuídos.

Foco principal

Identificar efeitos anômalos no sistema.

Descobrir as causas por trás dos efeitos anômalos observados.

Sistemas envolvidos

Voltado para sistemas autônomos.

Abrange múltiplos sistemas e arquiteturas complexas.

Rastreabilidade

Limitada às bordas do sistema.

Oferece visibilidade em diferentes níveis das arquiteturas.

Descoberta de erros

Responde às perguntas “o quê” e “quando”.

Responde às perguntas “por quê” e “como”.


Quais são as semelhanças entre observabilidade e monitoramento?

Observabilidade e monitoramento também têm pontos em comum. A maior semelhança é que os métodos têm o mesmo objetivo: melhorar a confiabilidade e a performance dos sistemas, garantindo operações mais estáveis.

Além disso, as duas estratégias usam sados gerados pelos sistemas, como métricas, logs e eventos, para fornecer informações que apoiem a identificação e resolução de problemas. Com isso, são indispensáveis para equipes de TI que buscam uma gestão eficiente em ambientes complexos.

É importante mencionar que a observabilidade e o monitoramento fundamental a tomada de decisão. Assim, reduzem interrupções operacionais e melhoram a experiência do usuário final.

Quando implementados em conjunto, criam um ecossistema robusto que une a detecção rápida de falhas (monitoramento) à capacidade de compreender e diagnosticar problemas mais complexos (observabilidade).

Quando adotar a observabilidade e monitoramento?

Como podemos perceber, a principal diferença entre os conceitos está na abrangência e no foco. O monitoramento fornece uma visão específica e limitada do sistema, enquanto a observabilidade traz uma compreensão mais ampla e profunda.  

De todo modo, o monitoramento é parte essencial da observabilidade, fornecendo dados básicos como métricas e eventos.

As soluções de monitoramento são eficientes para infraestruturas menores e menos distribuídas, No entanto, para arquiteturas maiores e mais dinâmicas, é importante considerar a implementação da observabilidade para garantir eficiência e confiabilidade.

Por fim, quem adota a observabilidade também adota o monitoramento, já que ele é um componente fundamental. Existe monitoramento sem observabilidade, mas não observabilidade sem monitoramento.

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Agora que você entende mais sobre monitoramento e observabilidade, é hora de conhecer como a Vericode pode ajudar sua empresa.

Nossas soluções incluem o Grafana, uma das ferramentas mais conhecidas e integráveis do mercado. Com ela, você tem visibilidade completa de seus sistemas e pode operar com tranquilidade.  

A Vericode combina monitoramento e observabilidade para analisar a performance de softwares, identificar falhas e resolver problemas de desempenho de forma eficiente. Isso porque, temos o compromisso de construir sistemas resilientes, modernos e confáveis.

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